A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (21) reajustes nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha, nos patamares 1 e 2. Os valores passam a valer a partir de 1º de junho.


É o 2º reajuste dos valores do sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015. Em outubro de 2017, a Aneel aprovou reajuste de 42,8% no patamar 2 da bandeira vermelha –nível mais caro.


A mudança no valor foi validada depois de audiência pública que recebeu 56 contribuições das quais 36% foram acatadas integralmente e 2% parcialmente.


Eis os valores das bandeiras tarifárias: a amarela vai de R$ 1,00 para R$ 1,50; a vermelha 1, de R$ 3,00 para R$ 4,00; e a vermelha 2, de R$ 5,00 para R$ 6,00.


Os recursos pagos pelos consumidores vão para a conta bandeira. São posteriormente repassados às distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produção de energia em períodos de seca.


Em 2018, os consumidores pagaram  R$ 6,9 bilhões em bandeiras tarifárias. Apesar do desembolso bilionário, a conta bandeira fechou o ano com deficit de R$ 495,6 milhões.


Segundo a agência, o reajuste foi proposto para adequar o valor do custo extra a ser cobrado dos consumidores em períodos em que a produção de energia fica mais cara.


Sistema de bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias funciona como 1 semáforo, que indica ao consumidor o real custo da geração de energia elétrica no país.


As cores das modalidades –verde, amarela ou vermelha– indicam se haverá ou não acréscimo a ser repassado ao consumidor final. A bandeira é definida mensalmente pela Aneel.


A agência explica em quais condições cada bandeira tarifária é acionadaDivulgação


O acionamento das bandeiras depende da situação climática e do nível de água nos reservatórios nas usinas hidrelétricas e o custo de geração térmica mais cara que está em operação.


A falta de chuvas aumenta a possibilidade de as hidrelétricas não gerarem a quantidade de energia estabelecida nos contratos –o chamado “risco hidrológico”.


Para suprir a demanda, é necessário despachar usinas térmicas a óleo diesel –mais caras e poluentes. Os recursos pagos pelos consumidores são usados para cobrir esses gastos.

 

Fonte: O Popular